O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, detonou o deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e o senador Sergio Moro (UB-PR) em declaração feita durante inauguração do diretório da sigla em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, nesta segunda-feira (5).
Valdemar Costa criticou a atuação do ex-procurador e do ex-juiz nos processos que levaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão em 2018 e sinalizou que defende punições à dupla.
“O que está acontecendo hoje com o pessoal do Paraná? Eles tinham motivo para atacar o Lula? Sem problemas… A Justiça, eles têm que fazer a parte deles. Só que eles ultrapassaram os limites da lei. Vão pagar caro”, disparou Costa Neto, que estava ao lado do senador bolsonarista Marcos Pontes (PL-SP).
O presidente do PL ainda endossou a cassação de Dallagnol e sugeriu que apoiará se o mesmo acontecer com Moro. Seu partido, inclusive, é autor de uma das ações na Justiça Eleitoral que apontam irregularidades na candidatura do ex-juiz ao Senado e há, atualmente, expectativas de que ele tenha o mesmo destino de seu colega de Lava Jato.
“Fico numa posição difícil porque o Dallagnol e o Sergio Moro têm o apoio do bolsonaristas. O suplente do Dallagnol é do PL (…) Não tenho nada contra o Moro, mas tenho que cumprir minha obrigação como presidente. Por quê? Porque o segundo colocado do Paraná é do PL, que era um candidato nosso e perdeu a eleição na casca”, declarou.
A fala de Costa Neto tem sido interpretada como mais um revés para Moro e Dallagnol pois a dupla ainda tentaria algum tipo de ajuda do bolsonarismo para se livrarem de eventuais punições.
“Os dois principais personagens da Lava Jato, o ex-procurador cassado e o ex-juiz parcial parecem estar cada vez mais enrolados. Presidente do PL de Bolsonaro disse que eles ultrapassaram os limites da lei e vão pagar caro”, comentou, por exemplo, a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
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