A variante Ômicron, que se espalha como um rastilho, não explodiu nos hospitais, de acordo com os números disponíveis até agora.
Um dos motivos, dizem autoridades e especialistas, é a vacinação, principal bloqueio contra a cepa. Mas a doença acaba encontrando uma brecha entre aqueles que não estão indo aos postos.
De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, 90,7% dos internados na rede SUS da capital não estão com o esquema vacinal completo (incluindo o reforço), e 38% sequer tomaram a primeira dose. A reportagem é do portal Extra.
Apesar de não ser considerada uma variante agressiva, o número de hospitalizados na cidade vem crescendo dia a dia. Ontem, eram 170 internados, 31% a mais que no dia anterior. O aumento é ainda maior se comparado ao dia 24 de dezembro, quando apenas 11 leitos estavam ocupados. Enquanto isso, os casos chegam a patamares jamais registrados na pandemia: nesta terça-feira, foram 10.489 diagnósticos registrados no estado. Na capital, entraram no sistema 9.315, o maior número desde a chegada do coronavírus ao Rio.
Diego Xavier, epidemiologista e pesquisador do Monitora Covid-19 da Fiocruz, destaca que houve um descolamento da curva de internação em relação à de casos. Segundo ele, o número de óbitos e casos graves não acompanhou a explosão de infectados.