
O principal estádio de futebol da cidade e o sambódromo foram os principais pontos de vacinação. O trânsito engarrafou em torno deles.
O Ministérios Públicos do Estado do Amazonas (MPE-AM) informou nesta quarta-feira, 20, que vai investigar o suposto desvio da aplicação de vacinas em favor de pessoas que não pertencem aos grupos prioritários.
A iniciativa do Ministério Público foi anunciada horas depois das notícias de que as irmãs Gabriela e Isabela Lins teriam furado a fila das prioridades nesta terça-feira, 19, para serem imunizadas contra a covi-19.
Apesar do MPE-AM não ter citado nomes ou fatos e ter se referido apenas a notícias, fica claro que os alvos são as irmãs Lins, uma delas, a Gabriela, nomeada pelo prefeito David Almeida para um cargo de confiança na Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
Ainda na noite de ontem, a juíza federal, Jaiza Fraxe, fez um apelo no Twitter para que a população não deixasse que a fila da vacina fosse furada e que denunciasse as autoridades eventuais privilégios.
“Nós não podemos deixar que grupos prioritários e pessoas com comorbidades que estão à frente de todo esse trabalho com Covid sejam substituídos por outros grupos que tem condições de enfrentar esse trabalho contra a Covid com menos riscos”, informou a Procuradora de Justiça Silvana Nobre Cabral, coordenadora do Grupo de Covid-19 montado pelo MPAM.
O Ministério Público recomendou às secretarias de Saúde do Estado e do Município de Manaus para que, na aplicação das doses da vacina contra a covid-19 aos profissionais de Saúde, priorizem aqueles que estão em situação de maior vulnerabilidade à doença como, por exemplo, os profissionais idosos, que apresentam comorbidades, considerando o risco de exposição a que eles estejam expostos em razão das suas atividades.
Além das irmãs Lins, o filho do ex-deputado Wanderley Dallas , David Dallas, também, foi acusado de furar a fila da covid-19.