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Ministério da Saúde admite que criança de SP não teve reação à vacina

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, visitou a família acompanhado da ministra Damares Alves, que não mencionou conclusão dos especialistas

Ministério da Saúde admite que criança de SP não teve reação à vacina

Ministério da Saúde reafirmou nesta sexta-feira (21/1) que não há relação com a vacina no caso da menina de 10 anos, moradora de Lençois Paulista (SP), que sofreu uma parada cardíaca 12 horas depois de receber o imunizante pediátrico da Pfizer

Em nota, o Ministério da Saúde reafirmou nesta sexta-feira (21/1) que não há relação com a vacina no caso da menina de 10 anos, moradora de Lençois Paulista (SP), que sofreu uma parada cardíaca 12 horas depois de receber o imunizante pediátrico da Pfizer.

“O parecer conclusivo já divulgado pelo estado foi que não existe relação causal entre a vacinação e o quadro clínico apresentado, portanto, o evento adverso pós-vacinação foi descartado”, esclareceu o Ministério da Saúde, em nota. “A pasta destaca que a vacinação é segura e foi autorizada pela Anvisa”.

O episódio mobilizou dois ministros do governo Bolsonaro: Marcelo Queiroga, titular da Saúde, e Damares Alves, do ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MDH). Queiroga e Damares visitaram a família da criança nessa quinta-feira (20/1). Em relato feito no Twitter, porém, a ministra ocultou que o governo do estado de São Paulo descartou relações do evento adverso com a doença.

A ministra mencionou que até mesmo o presidente Jair Bolsonaro entrou em contato com os familiares da criança, por telefone. Disse também que o caso será acompanhado por equipe do MDH e da Saúde. Marcelo Queiroga chegou a republicar o relato, mas logo depois o desfez.

Veja o pronunciamento da Saúde completo 

“O Ministério da Saúde foi notificado do caso e acompanhou a investigação conduzida pela Secretária de Saúde de São Paulo. O parecer conclusivo já divulgado pelo estado foi que não existe relação causal entre a vacinação e o quadro clínico apresentado, portanto, o evento adverso pós-vacinação foi descartado.

A paciente tem uma pré-excitação no eletrocardiograma, característica da síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW). Esta é uma condição congênita que leva o coração a ter crises de taquicardia. A WPW é a mais comum causa de morte súbita por arritmia ventricular. A síndrome de Wolff-Parkinson-White, até então não diagnosticada e desconhecida pela família, levou a criança a ter uma crise de taquicardia, que resultou em instabilidade hemodinâmica.