“Não perdi só meu neto, perdi o amor da minha vida”. O relato cheio de dor e revolta é da auxiliar de serviços gerais Socorro de Jesus da Silva, 51 anos. Ela perdeu o neto Guilherme Monteiro, de 10 anos, para a Covid-19, em agosto do ano passado.
A avó defende a vacinação de crianças e critica os obstáculos impostos pelo governo federal para a inclusão do público na campanha. Socorro imagina que, se a imunização estivesse disponível, o neto poderia ter sido salvo: “Se ele tivesse tomado a vacina, com certeza estaria aqui com a gente.”
O pequeno Guilherme, que tinha síndrome de Down, faleceu após 12 dias internado. No final de julho de 2021, ele começou a apresentar febre e mal-estar. A família imaginava se tratar de uma reação a um medicamento para anemia, que ele havia começado a tomar há poucos dias.
Como os sintomas persistiram, ele foi levado ao Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ao fazer o teste de Covid, veio o diagnóstico: positivo.