Segundo um novo estudo realizado em conjunto pela Rússia e Itália, a vacina russa Sputnik V é duas vezes mais eficaz do que o imunizante da Pfizer em neutralizar a nova cepa Ômicron.
Essa é a principal conclusão da recente análise conduzida pelo Instituto Nacional para Doenças Infecciosas Lazzaro Spallanzani, na Itália, pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya e pela Universidade Estatal de Medicina Sechenov, em Moscou.
Dados anteriores já sugeriam maior eficácia da vacina russa Sputnik V contra a variante Ômicron, com estudos também apontando ao declínio menor e mais lento dos níveis de anticorpos para a vacina russa, em comparação com outros imunizantes.
Os pesquisadores compararam a vacina Sputnik V com o imunizante mRNA da Pfizer-BioNTech em pesquisa comparativa de pré-impressão publicada no portal MedRxiv. O objetivo era estudar a eficácia de ambas vacinas contra a recém-detectada cepa Ômicron.
A análise foi feita por 12 cientistas italianos de um laboratório em Roma com utilização de amostras de soro sanguíneo de pessoas vacinadas com os respectivos imunizantes e que tinham níveis semelhantes de anticorpos tipo IgG, bem como a mesma atividade neutralizante contra a variante original do coronavírus detectada primeiramente em Wuhan.
Foi revelado que, em comparação com a vacina da Pfizer, a Sputnik V tem 2,1 vezes mais anticorpos neutralizantes contra a Ômicron em geral e 2,6 vezes mais anticorpos três meses após a vacinação.