O relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), protocolou, na manhã desta terça-feira (26/10), a versão final do relatório que será votado pela comissão. O documento pede o indiciamento de 76 pessoas — entre elas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os filhos Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro — e duas empresas.
Após apresentar o relatório final, o relator decidiu pela inclusão de última hora do nome do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e do ex-secretário de Saúde do estado, Marcellus Campelo, no rol de indiciados.
O texto agora chega a 80 sugestões de indiciamento. A inclusão decorre de pressão exercida pelo líder do MDB no Senado, o senador Eduardo Braga (AM), para que a comissão não se abstivesse de responsabilizar a dupla pelo colapso sanitário registrado no estado.
Como a comissão havia anunciado nessa segunda-feira (25/10), o relatório também pede o afastamento do presidente das redes sociais “a fim de garantir a ordem pública, para a proteção da população brasileira”.
O relatório será votado ainda nesta terça e, a princípio, será entregue, nesta quarta-feira (27/10), à Procuradoria-Geral da República (PGR), órgão ao qual caberá conduzir as investigações sobre indiciados com foro privilegiado. O documento também será remetido à primeira instância do Ministério Público Federal (MPF), que investigará pessoas sem foro.
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