O Senado aprovou nesta quinta-feira (17) a MP (Medida Provisória) de privatização da Eletrobras, holding gigante do setor elétrico brasileiro, por 42 votos a favor e 37 contra. O texto agora volta à Câmara dos Deputados. Ele precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional até 22 de junho, ou perde a validade.
O relator da proposta, senador Marcos Rogério (DEM-RO), apresentou três versões do relatório em menos de 24 horas, com diversas mudanças, para conseguir os votos e aprovar a proposta. Ele incluiu “jabutis”, como são chamadas as adições de temas estranhos à proposta original.
Especialistas ouvidos pelo UOL dizem que a discussão da proposta e dos “jabutis” está sendo feita de modo atropelado, atendendo a interesses de grupos específicos, com prejuízo ao meio ambiente e aos consumidores de energia.
Para Sérgio Lazzarini, professor do Insper, a privatização está sendo feita a “toque de caixa, aceitando toda e qualquer inclusão [no texto] para que a medida seja aprovada”, o que inclui medidas voltadas a bases eleitorais ou para beneficiar grupos específicos.
Tudo o que você inclui de residual de interferência do governo pode ser visto como um possível canal de influência, o que aumenta o risco e torna a privatização menos atraente.
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