O procurador-geral da República, Augusto Aras, deve “oficiar” nesta segunda-feira (4) o ministro Paulo Guedes para ter mais informações se uma offshore do titular da Economia está ativa e se fez investimentos no exterior durante o governo de Jair Bolsonaro. Os documentos que citam o escândalo fazem parte da Pandora Papers, que investiga ações ilícitas paraísos fiscais.
Guedes é dono da offshore Dreadnoughts sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. Também participam da empresa a mulher, Maria Cristina Bolivar Drumond Guedes, e a filha, Paula Drumond Guedes. A empresa continua ativa e pode ter feito investimentos nos últimos 2 anos, segundo revelou a série Pandora Papers.
“Trata-se de uma notícia que foi publicada pela imprensa. Com todo respeito à mídia, não podemos fazer investigações com base em notícias. O PGR fará, como de praxe, uma averiguação preliminar. Vamos ouvir algumas pessoas e requisitar documentos. Depois é que vamos fazer um juízo de valor se é necessário pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal, que é o foro para quando há ministros de Estado citados. Mas tudo será dentro do devido processo legal. A 1ª pessoa a ser ouvida será o ministro Paulo Guedes, que será oficiado e poderá com tranquilidade enviar todos os esclarecimentos. Podemos também oficiar órgãos de controle. Mas não faremos nenhum juízo de valor antes disso”, disse Augusto Aras em reportagem publicada no portal Poder 360.
Além da PGR, parlamentares da oposição disseram que vão acionar o Ministério Público Federal para investigar as revelações. Eles também pretendem convocar Guedes e Campos Neto para darem explicações na Câmara dos Deputados.