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Após comprar passaporte de vacina falso, mulher morre de Covid

Em entrevista à rádio France Info, o responsável pela UTI do hospital afirmou que a história serve de alerta para os que têm usado passaportes de vacina falsos.

Após comprar passaporte de vacina falso, mulher morre de Covid

A paciente morreu em 10 de dezembro de síndrome respiratória aguda grave. “Se os médicos soubessem que minha esposa não tinha sido vacinada, ela teria sido salva. Mas ela não queria que eu dissesse. (…) pois tinha medo de um processo judicial”

Uma francesa de 57 anos que comprou um certificado de vacina falso morreu em decorrência da sintomas graves da Covid-19. O caso veio a público na quinta-feira (9/12) após ter sido relatado ao jornal Liberátion por um médico do hospital que a atendeu.

Em entrevista à rádio France Info, o responsável pela UTI do hospital afirmou que a história serve de alerta para os que têm usado passaportes de vacina falsos. “Espero que que essa história muito triste impacte as pessoas que andam por aí com um certificado falso e os colegas que emitem certificados falsos”, disse o médico Djillali Annane.

A paciente pegou a infecção do filho de 13 anos que vinha frequentando a escola e, caso não tivesse omitido que não estava vacinada, teria recebido cuidados médicos direcionados a pacientes sem vacinas como, por exemplo, o tratamento com anticorpos neutralizantes, que vem sendo eficazes para deter o quadro grave da doença.

Em entrevista à televisão francesa BFM, o viúvo da paciente declarou que ela havia comprado o documento falso para não ser demitida de seu emprego de recepcionista e que, durante a internação, não permitiu que ele contasse a verdade à equipe médica.

A paciente morreu em 10 de dezembro de síndrome respiratória aguda grave. “Se os médicos soubessem que minha esposa não tinha sido vacinada, ela teria sido salva. Mas ela não queria que eu dissesse. (…) pois tinha medo de um processo judicial”, afirmou.

A paciente não teve o nome revelado. A comunidade médica do país alerta para o risco que os certificados de vacina falsos provocam à comunidade e aos próprios pacientes.