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Enteado do ex-prefeito Arthur Neto, Alejandro Valeiko não será julgado pelo Tribunal do Júri por morte de engenheiro

Acusados do homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, Alejandro Molina Valeiko, foi considerado impronunciado, ou seja, ele não será julgado pelo Tribunal do Júri.

Enteado do ex-prefeito Arthur Neto, Alejandro Valeiko não será julgado pelo Tribunal do Júri por morte de engenheiro

O homicídio de Flávio Rodrigues dos Santos ocorreu no dia 29 de setembro de 2019, após uma festa na casa de Alejandro Molina Valeiko, no Condomínio Passaredo.

Em decisão judicial publicada pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, na sexta-feira (17), um dos acusados do homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, Alejandro Molina Valeiko, foi considerado impronunciado, ou seja, ele não será julgado pelo Tribunal do Júri.

Outra acusada, Paola Valeiko Molina, foi absolvida sumariamente na morte do engenheiro, assim como José Edvandro Martins de Souza Júnior. Preso há mais de dois anos, Elizeu da Paz de Souza ganhou liberdade provisória. E para Mayc Vinícius Teixeira Parede, que confessou ter sido o autor das facadas em Flávio, foi concedida liberdade com medidas cautelares. Ambos aguardarão data para julgamento no plenário do Tribunal do Júri.

O homicídio de Flávio Rodrigues dos Santos ocorreu no dia 29 de setembro de 2019, após uma festa na casa de Alejandro Molina Valeiko, no Condomínio Passaredo. A reprodução simulada dos fatos constatou que Elizeu da Paz e Mayc Parede chegaram à casa de Alejandro Valeiko às 22h25.

Elizeu colocou uma balaclava e, com uma arma de fogo, entrou na sala, enquanto Mayc esperava do lado de fora. Ao ver a chegada deles, Magno fugiu para a rua, mas foi atingido por Mayc duas vezes com arma branca e, mesmo ferido, conseguiu chegar na portaria do condomínio, onde pediu ajuda. Alejandro estava sentado ao lado de Flávio em uma mesa e foi atingido com golpes na cabeça por Elizeu.

Flávio foi conduzido coercitivamente por Elizeu e levado para o carro. Elizeu saiu dirigindo o veículo, enquanto Mayc imobilizou o engenheiro no banco de trás. O carro parou em um terreno baldio da Estrada do Tarumã.

Flávio teve suas roupas removidas com uma faca e foi amordaçado com uma fita adesiva silver tape. Ele foi arrastado e sofreu múltiplas agressões com um objeto contundente na região da cabeça, além de asfixia mecânica, provavelmente por golpes de artes marciais, e mais sete perfurações com arma branca. Já ferido, ele pode ter caminhado e rastejado no solo argiloso antes de vir a óbito em decorrência de hemorragias internas. Ao chegar em casa, Elizeu mandou lavar seu veículo.

Ao todo, foram utilizados 14 laudos de perícia criminal, dois relatórios de investigação, uma planilha e registros audiovisuais divididos em 61 laudas. Foram realizadas perícias na residência de Alejandro Valeiko, local onde o corpo do engenheiro foi encontrado; colhidos depoimentos dos envolvidos no caso; análises dos vestígios materiais; exames de DNA nas roupas e no carro utilizado durante o crime; análise de dados dos celulares e registros de câmeras do condomínio onde o crime teve início.

LEIA SENTENÇA NA ÍNTEGRA