O Supremo Tribunal Federal (STF) abre o Ano Judiciário, nesta terça-feira (1°/2), em clima de tensão. O presidente do STF, Luiz Fux, dará início à sessão solene, às 10h, diante de uma crise desencadeada na última semana, após o ministro Alexandre de Moraes determinar que Jair Bolsonaro prestasse (PL) depoimento à Polícia Federal e o chefe do Executivo federal não cumprir a ordem.
Bolsonaro faltou ao depoimento marcado por Moraes, na Polícia Federal, no inquérito que investiga o suposto vazamento de informações sigilosas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante uma transmissão ao vivo feita pelo presidente nas redes sociais .
A desobediência gerou uma série de polêmicas. O ministro negou pedido da Advocacia-Geral da União para que o plenário do Supremo analisasse o tema. Em carta à PF, Bolsonaro disse que exerceu o “direito de ausência” ao não comparecer à sede da Superintendência do órgão. Moraes manteve a obrigação do depoimento presencial, mas ainda não marcou nova data para a oitiva. O clima tenso está instalado.
Em meio à polêmica, a cerimônia do STF está marcada para ocorrer de maneira remota devido ao aumento nos casos de Covid-19. É de praxe que o presidente da República participe. Bolsonaro foi convidado, e confirmou a presença no evento virtual. No entanto, nessa segunda-feira (31/1), o mandatário do país decidiu cancelar sua participação.