×

Bolsonaro, que já disse ‘botar a cara no fogo’ por Milton Ribeiro, agora busca distância do ex-ministro

“Se a Polícia Federal prendeu, tem um motivo. E o ex-ministro vai se explicar. Nós afastamos na hora que tínhamos que afastar, quando surgiram as denúncias”, destacou Bolsonaro na entrevista. 

Bolsonaro, que já disse ‘botar a cara no fogo’ por Milton Ribeiro, agora busca distância do ex-ministro

No auge do escândalo, Jair Bolsonaro chegou a dizer que “botava  a cara no fogo” pela idoneidade do então ministro. Milton Ribeiro foi exonerado do cargo poucos dias após o escândalo ser divulgado pela imprensa e Bolsonaro chegou a afirmar que “ele voltaria ao governo".

Jair Bolsonaro, que já disse que “colocava a cara no fogo” pela idoneidade do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, agora busca se distanciar do antigo colaborador após ele ter sido preso em uma operação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quarta-feira, 22, que apura desvios e irregularidades na liberação de recursos da pasta. “Ele responde pelos atos dele”, disse Bolsonaro em entrevista à rádio Itatiaia.

“O caso do Milton, pelo que estou sabendo, é que ele estaria com conversa informal demais com algumas pessoas de confiança dele. Daí houve a denúncia que ele teria buscado prefeito e gente dele para negociar e liberar recursos. Nós afastamos ele. Sinal que a PF está agindo. Ele que responda pelos atos dele. Peço a Deus para que não tenha problema nenhum. Mas, se tiver problema, a PF está investigando”, afirmou Bolsonaro.

“Se a Polícia Federal prendeu, tem um motivo. E o ex-ministro vai se explicar. Nós afastamos na hora que tínhamos que afastar, quando surgiram as denúncias”, destacou Bolsonaro na entrevista.

Os agentes envolvidos na operação que apura irregularidades na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) cumpriram cinco mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. Entre os alvos centrais estão os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, ligados a Jair Bolsonaro (PL) e suspeitos de atuarem como intermediários na liberação de verbas do esquema, além do próprio Milton Ribeiro.

Áudios divulgados em março deste ano mostraram Ribeiro afirmando que os pastores favoreciam municípios que negociavam verbas diretamente com eles. Ainda segundo Ribeiro, a priorização de verbas para determinadas prefeituras por intermédio dos pastores seria um pedido de Jair Bolsonaro (PL), apesar de eles não possuírem cargos no governo.

No auge do escândalo, Jair Bolsonaro chegou a dizer que “botava  a cara no fogo” pela idoneidade do então ministro. Milton Ribeiro foi exonerado do cargo poucos dias após o escândalo ser divulgado pela imprensa e Bolsonaro chegou a afirmar que “ele voltaria ao governo”.