Agentes da Receita Federal apreenderam na tarde desta segunda-feira 95 frascos da droga MDMA, matéria-prima utilizada na fabricação de ecstasy, em encomendas postais nos Correios do Aeroporto do Galeão/RJ. Além dos frascos com a droga, os agentes interceptaram também quatro encomendas com anabolizantes de uso prescrito. Todo o material apreendido totaliza cerca de R$ 135 mil. A operação foi mais uma das ações da força-tarefa formada entre agentes da Receita e da Polícia Civil para identificar envio de drogas por remessas postais.
As drogas foram identificadas após uma fiscalização com cães de faro na tarde de segunda-feira. Os entorpecentes estavam disfarçados em frascos com o que deveria ser produto fitoterápico, mas após narcoteste foi constatada a presença da droga.
As encomendas são provenientes de Mato Grosso e tinham como destino no Rio as cidades de Niterói e a capital fluminense. Já as encomendas com anabolizantes vieram do Piauí e tinham como destino as regiões de São Gonçalo e Rio de Janeiro.
O trabalho foi realizado pela Divisão de Vigilância e Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal. As drogas serão entregues às autoridades policiais para investigação das circunstâncias do crime.
Entre 30 de novembro e 15 de dezembro, em apenas quatro ações de rastreamento de pacotes, foram apreendidos mais de 50 quilos de entorpecentes escondidos em encomendas. O prejuízo causado ao tráfico, na época, já era avaliado em cerca de R$ 5,8 milhões
Atualmente, o mapeamento dos remetentes das encomendas com drogas permitiu à Polícia Civil e à Receita identificarem pelo menos 12 traficantes cariocas.
— Um dos casos chamou a atenção dos agentes porque a mesma pessoa, além de enviar encomendas com drogas como cocaína, incluindo uma com três tabletes, quantidade considerada grande para essa modalidade de apreensão, enviou também pacotes com quantidades significativas de drogas sintéticas. Esse caso mostra que o mesmo traficante está enviando diferentes tipos de droga, ou seja, quem atua em uma área do tráfico também está comercializando nas demais — explica o auditor fiscal Ewerson Augusto da Rocha Chada, chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita no Rio.