Segundo divulgado pela mídia, Zambelli alegou que sua intenção ao envolver o hacker era discutir a possibilidade de integrá-lo à equipe de consultores responsáveis pela fiscalização das urnas eletrônicas.
O PL, partido de Jair Bolsonaro, não fará nenhum esforço para ajudar a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ela nesta quarta-feira (2), Segundo o jornalista Valdo Cruz, do G1, a legenda já trabalha com o cenário de que a parlamentar tenha o mandato cassado.
Além da operação da PF, Zambelli também deverá enfrentar nesta quarta-feira o resultado de um inquérito da Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, por ter xingado o deputado Duarte Jr. (PSB-MA) durante audiência com o ministro da Justiça, Flávio Dino, em abril.
“A avaliação é que a operação de hoje complica ainda mais a situação de Carla Zambelli. Segundo a cúpula do PL, a parlamentar perdeu apoio entre seus colegas desde o ano passado, quando, na reta final da eleição presidencial, perseguiu um jornalista com arma em punho. Bolsonaro diz que perdeu votos com o episódio. Os documentos da operação desta quarta podem engrossar o inquérito contra Zambelli na Câmara dos Deputados”, destaca a reportagem.
A operação da PF prendeu ainda Walter Delgatti, conhecido como o “hacker da Vaza Jato”, que já vinha negociando uma delação premiada. Delgatti teria inserido no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e possivelmente em outros tribunais do país um total de 11 alvarás de soltura indevidos e um falso mandado de prisão em nome do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Delgatti teria afirmado que, em janeiro, prestou serviços a Carla Zambelli com o intuito de invadir o sistema do Poder Judiciário com o objetivo de inserir informações falsas contra Moraes.
Segundo divulgado pela mídia, Zambelli alegou que sua intenção ao envolver o hacker era discutir a possibilidade de integrá-lo à equipe de consultores responsáveis pela fiscalização das urnas eletrônicas.
A bolsonarista também levou Delgatti a reuniões em Brasília, incluindo um encontro com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, na sede do partido, e a um outro encontro com Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada.
