A oposicionista María Corina Machado pediu que seus apoiadores permaneçam “até o fim” para fazer “prevalecer a verdade e respeitar a soberania popular”.
“Isso significa que todos nós ficaremos nos centros de votação até que os votos sejam contados e as atas sejam obtidas”, assegurou.
Vários líderes da oposição venezuelana que apoiam o candidato presidencial Edmundo González falaram em supostas irregularidades no processo de transmissão de dados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) após o fim da votação na eleição presidencial.
Segundo Delsa Solórzano, presidente do partido Encuentro Ciudadano, o CNE não permitiu o acesso às testemunhas da oposição na sede de Caracas e, através dos seus operadores, interrompeu a transmissão dos resultados dos centros de votação ao Conselho onde devem ser recolhidos e contabilizados os resultados.
“As testemunhas não foram autorizadas a entrar no CNE. Há um número significativo de centros de votação onde estão removendo as nossas testemunhas. E isso é um padrão”, disse Solórzano. “Pararam a transmissão dos resultados”, insistiu.
Solórzano disse que tentaram comunicar com o CNE e não obtiveram resposta, e que denunciaram estas ações à comunidade internacional.
O CNE não divulgou os resultados eleitorais do dia para eleger um novo presidente. Também não comentaram as queixas da oposição.
A CNN tenta contatar o CNE para comentar o assunto.
“Quero reiterar às nossas testemunhas de mesa que não abandonem os centros de votação até que tenham os autos em mãos”, disse Delsa Solórzano, principal representante do candidato de oposição a Nicolás Maduro, Edmundo González Urrutia, perante o CNE.
“Hoje, a Venezuela já sabe o que aconteceu. E o que aconteceu nada mais é do que o espelho de uma campanha eleitoral maravilhosa, acompanhada por milhões de pessoas”, acrescentou Solórzano. “O que aconteceu é que a Venezuela hoje pode celebrar o exercício da democracia em paz.”
“No entanto, parece que há quem não queira que isso aconteça, como fizeram no passado”, completou Solórzano, que também preside o partido Encuentro Ciudadano.
“A vontade dos cidadãos foi expressa”, disse, acrescentando: “Vamos defender os direitos e a vontade dos cidadãos”.