Cerca de 20 países, incluindo ao menos 14 da União Europeia, decidiram suspender ou restringir os voos provenientes do Reino Unido, depois que uma nova cepa mais contagiosa foi identificada no país.
A mutação, detectada no começo deste mês, está se espalhando rapidamente, principalmente em Londres, segundo o Ministério da Saúde britânico.
As autoridades holandesas foram as primeiras a restringir os voos do Reino Unido. Posteriormente, Itália, Alemanha, Bulgária, Irlanda, Lituânia, Letônia, Finlândia, Noruega e Croácia também suspenderam os voos.
Portugal só autoriza a entrada no país, em voos provenientes do Reino Unido, de cidadãos portugueses ou com autorização de residência. Estes devem, além disso, apresentar teste que comprove resultado negativo para o SARS-CoV-2.
Além dos países da UE, outras nações anunciaram restrições de voos: Turquia, Suíça, Canadá, Israel e Argentina.
A Arábia Saudita fechou completamente suas fronteiras por uma semana, cancelando todos os voos internacionais.
No dia 19 de dezembro, as autoridades sanitárias do Reino Unido confirmaram a presença no país de uma nova cepa do SARS-CoV-2, que é 70% mais contagiosa.
Além do Reino Unido, a nova cepa da COVID-19 já foi detectada em Itália, Dinamarca, Austrália e Países Baixos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No dia 20 de dezembro, o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, firmou uma ordem de suspensão dos voos provenientes do Reino Unido por tempo indeterminado.
O Departamento Científico do Hospital Militar de Celio, em Roma, encontrou a nova cepa do coronavírus em um cidadão italiano.
“O paciente e sua parceira retornaram há aproximadamente dois dias do Reino Unido em um voo que pousou no aeroporto de Fiumicino e atualmente estão isolados. Juntos de seus familiares e contatos estreitos, têm respeitado todos os procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, informa comunicado.
Aqueles que já estavam no Reino Unido nas últimas duas semanas não podem retornar à Itália, enquanto os viajantes provenientes das ilhas britânicas que já se encontravam na Itália “deveriam ser submetidos a um teste antigênico ou molecular e contatar os departamentos de prevenção”.