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Na contramão do progresso, Ernesto Araújo classifica legalização do aborto na Argentina como ‘barbárie’

O ministro das Relações Exteriores envolveu-se também em uma polêmica sobre o uso da hidroxicloroquina no tratamento contra o coronavírus.

Na contramão do progresso, Ernesto Araújo classifica legalização do aborto na Argentina como 'barbárie'

chanceler brasileiro disse que o país governado por Nicolás Maduro se tornou uma "plataforma do crime organizado".

Em uma publicação feita nesta quarta-feira (30) nas redes sociais, o chanceler afirmou que “o Brasil permanecerá na vanguarda do direito à vida e na defesa dos indefesos”.

?Hoje (30), após uma sessão que durou 12 horas, o Senado argentino aprovou o direito de a mulher optar pelo aborto até a 14ª semana de gestação. A decisão histórica teve 38 votos a favor e 29 contra, além de 1 abstenção. Até então, o procedimento era permitido em caso de estupro ou risco de morte da mãe.

A Argentina se tornou mais um dos países da América Latina a legalizar a interrupção da gravidez. Na região, a prática é autorizada em Cuba, Guiana, Guiana Francesa, Uruguai, Porto Rico, na Cidade do México, e no estado de Oaxaca. Vale lembrar que no México esse tipo de legislação é decidido em nível regional.

As polêmicas de Ernesto Araújo

Ainda com relação ao tema do aborto, o Brasil tornou-se signatário da Declaração do Consenso de Genebra, documento assinado em Washington pela promoção de saúde das mulheres e fortalecimento das famílias, que é contrário a políticas de acesso ao aborto.

Na ocasião, o Brasil foi representado pelos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos). Eles se juntaram aos diplomatas de Estados Unidos, Egito, Indonésia, Uganda e Hungria, que também referendaram o acordo.

Apesar de ter recebido conselhos sobre não comentar decisões de países parceiros do Brasil, inclusive do vice-presidente, Hamilton Mourão, cuja solicitação dizia respeito à introdução do serviço de 5G no Brasil, Ernesto Araújo colecionou polêmicas em 2020.

Em dezembro, o plenário do Senado Federal barrou a indicação de Fabio Mendes Marzano para exercer o cargo de delegado permanente do Brasil nas Nações Unidas, em Genebra, na Suíça. Ainda neste mês, o chanceler brasileiro disse que o país governado por Nicolás Maduro se tornou uma “plataforma do crime organizado”.

O ministro das Relações Exteriores envolveu-se também em uma polêmica sobre o uso da hidroxicloroquina no tratamento contra o coronavírus. Apesar das recomendações contrárias da OMS, o ministro celebrou a chegada de dois milhões de doses do medicamento dos Estados Unidos.

Em abril deste ano, novas polêmicas: o comitê judaico dos EUA exigiu desculpas de Ernesto Araújo por uma analogia do isolamento social com campos de concentração nazistas. No mesmo mês, o chanceler brasileiro disse que pandemia da COVID-19 será usada para instaurar comunismo no mundo.