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Copom eleva Selic para 12,75% ao ano, maior patamar desde 2017

Aumento da taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para enfrentar a inflação, que está em alta nos últimos meses

Copom eleva Selic para 12,75% ao ano, maior patamar desde 2017

A alta da Selic já era esperada pelo mercado financeiro. No último Boletim Focus, a projeção era de que a taxa básica de juros encerrasse em 13,25% no fim deste ano.

Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (4/5), por unanimidade, elevar a taxa Selic de 11,75% para 12,75% ao ano – alta de um ponto percentual.

O aumento desta quarta é o décimo consecutivo na taxa. Com a decisão do Copom, a Selic alcançou o maior nível desde janeiro de 2017, quando a taxa básica de juros estava em 13%.

Veja a trajetória no gráfico abaixo:

A alta da Selic já era esperada pelo mercado financeiro. No último Boletim Focus, a projeção era de que a taxa básica de juros encerrasse em 13,25% no fim deste ano.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acelerou para 1,62% em março, após alta de 1,01% em fevereiro.

O aumento na Selic já era esperado pelo mercado financeiro. No mais recente Boletim Focus, publicado pelo Banco Central na última quinta-feira (26/4), a projeção era de que a taxa básica de juros encerrasse em 13,25% no fim deste ano.

O economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas (FGV), explica que a Selic funciona como um “remédio” para conter a inflação, mas que “há efeitos colaterais”.

“Como todo remédio, a alta da Selic também tem efeitos colaterais. Quanto mais altos os juros, menos a economia cresce. Então ela não estimula o crescimento econômico. O crescimento só vem a partir do momento que as famílias voltam a consumir, as empresas ampliam a atividade produtiva e empregam pessoas”, afirmou ao Metrópoles.

“Juros mais altos não estimulam compra de apartamento, compra de carro, compra de bens duráveis, viagens, tudo que necessita de crédito. O crédito fica mais caro a partir do momento da alta dos juros. E esfriando a demanda você tem então uma inflação um pouco menor”, acrescentou.

leia matéria completa no  (metropoles.com)