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Ibama, Funai e PF realizam operação do Vale do javari contra a pesca ilegal na região

A fiscalização ocorreu nas regiões dos rios Javari, Curuçá, Itacoaí e Quixito, investigando as embarcações presentes nos afluentes elencados.

Ibama, Funai e PF realizam operação do Vale do javari contra a pesca ilegal na região

A operação encerrou com a fiscalização da feira Mercado do Peixe, identificando seis infratores responsáveis por captura ilegal de espécies como pirarucu, tambaqui, pacu, sardinha e mapará.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) declarou nesta quinta-feira, 28, que, durante o mês de dezembro, realizou Operação Wahanararai no Vale do Javari com o objetivo de coibir atividade pesqueira na terra indígena (TI) .

A fiscalização ocorreu nas regiões dos rios Javari, Curuçá, Itacoaí e Quixito, investigando as embarcações presentes nos afluentes elencados.

De acordo com o Ibama, a ação contabilizou 24 autos de infração que somaram 351.480 reais em multa, além de nove infratores autuados e conduzidos à delegacia da Polícia Federal (PF).

Em 2023, foram lavrados 22 autos de infração e 1.361 kg de pescado foram apreendidos. Houve também apreensão de redes de emalhar e carnes de caça, como paca, tatu, jacaré e macacos.

A operação encerrou com a fiscalização da feira Mercado do Peixe, identificando seis infratores responsáveis por captura ilegal de espécies como pirarucu, tambaqui, pacu, sardinha e mapará. Três deles, reincidentes, foram conduzidos para a delegacia da PF.

No início de novembro, o Ibama com a PF, em operação conjunta, ação combateram o garimpo ilegal no Vale do Javari, nos rios Jandiatuba, Boia, Jutaí, Igarapé Preto e Igarapé do Mutum. Foram destruídas 26 dragas, oito barcos, quatro rebocadores e 42,5 mil litros de diesel. Os fiscais também apreenderam nove antenas Starlink e 3,2 kg de mercúrio.

O garimpo ilegal ameaça os povos da TI, que reúne a maior concentração de grupos indígenas isolados do mundo. Em época de seca, os indígenas se aproximam mais dos rios em busca de água e alimento, aumentando a probabilidade de contato com criminosos. Danos ambientais causados por dragas de garimpo incluem a destruição de mananciais, beiras de rios e igarapés. O material dragado é lançado nos rios, causando assoreamento.

A operação contou com a participação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da União dos Povos do Javari (Univaja), visando combater a captura e o comércio de pescado ilegal na região e preservar as comunidades locais. A operação contou ainda com o apoio do 8? Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro.