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Venezuelana Julieta Hernández foi morta com requintes de crueldade, diz SSP-AM

A artista e cicloviajante estava desaparecida desde o dia 23 de dezembro do ano passado, e o Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado na quinta-feira (04) na Delegacia Virtual do Amazonas (Devir), e encaminhado à 37ª Delegacia Interativa de Polícia

Venezuelana Julieta Hernández foi morta com requintes de crueldade, diz SSP-AM

A artista e cicloviajante estava desaparecida desde o dia 23 de dezembro do ano passado

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM) e a Polícia Civil do Amazonas detalharam, nesta segunda-feira (08), a venezuelana Julieta Inés Hernández Martínez, 38, foi morta com requintes de crueldade.

O casal Deliomara dos Anjos Santos, 29, e Thiago Agles da Silva, 32, foi preso na sexta-feira (05) no município de Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros ao norte de Manaus), e ambos responderão pelos crimes de ocultação de cadáver, latrocínio e estupro. A PC informou que caso foi praticado com requintes de crueldade.

A artista e cicloviajante estava desaparecida desde o dia 23 de dezembro do ano passado, e o Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado na quinta-feira (04) na Delegacia Virtual do Amazonas (Devir), e encaminhado à 37ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Presidente Figueiredo, que de imediato, deu início às diligências pela região.

Para entender

A ocorrência começou a ser investigada na manhã de quinta-feira (04/01), após o Boletim de Ocorrência (BO) do desaparecimento de Julieta Inés Hernández Martínez ser registrado na Devir. O BO informava que o último contato da vítima com a família teria sido no dia 23 de dezembro, por volta de meia-noite e meia, quando ela teria dito que iria pernoitar em Presidente Figueiredo, e seguiria para Rorainópolis, em Roraima.

“Diante dessa informação, nós nos deslocamos até as pousadas da região, a fim de obter notícias sobre o paradeiro dela. Já na manhã de sexta-feira, fomos até o refúgio e localizamos Thiago, que disse que a mulher havia pernoitado no local e seguido para a rodovia”, relatou Valdinei Silva, titular da 37ª DIP.

De acordo com o delegado, no mesmo dia, um morador localizou partes da bicicleta da vítima e acionou a polícia. Quando a equipe chegou ao local, Thiago tentou fugir, mas foi capturado. Ele e a esposa foram conduzidos à delegacia e entraram em contradição nos depoimentos, e assim confirmaram a autoria do crime.
Foi solicitado apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) com os cães farejadores que deram apoio às buscas e o corpo foi encontrado em uma cova no quintal do refúgio, além de outros pertences.

“A vítima estava dormindo em uma rede na varanda do local, quando Thiago pegou uma faca e foi até ela para roubar seu aparelho celular. Eles entraram em luta corporal, ele a enforcou, a jogou no chão e pediu que Deliomara amarrasse os pés dela. Em seguida, ele a arrastou para dentro da casa, pediu que a esposa apagasse as luzes e passou a abusar sexualmente da vítima”, detalhou o delegado.

Após a mulher dele presenciar o fato, jogou álcool em ambos e ateou fogo. Thiago conseguiu apagar o fogo com um pano molhado e foi até uma unidade hospitalar receber atendimentos médicos. Já a mulher, enforcou Julieta com uma corda e a enterrou no quintal.

A identificação do corpo foi realizada por meio do procedimento de necropapiloscopia, pelo Instituto de Identificação Aderson Conceição de Melo (IIACM) com apoio da equipe técnica do Instituto Médico Legal do Amazonas (IML).

Procedimentos
Ambos responderão por ocultação de cadáver, latrocínio e estupro, e ficarão à disposição do Poder Judiciário.