
O setor de serviços foi o principal responsável pelo crescimento, com alta de 3,7%, seguido pela indústria, que avançou 3,3%.
Nesta sexta-feira (7), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 3,4% em 2024. O resultado ficou acima do registrado em 2023, quando o crescimento foi de 3,2%. É o melhor resultado desde 2021 (ano de repique do crescimento por conta da queda de 2020, ligada à pandemia de coronavírus) e o segundo melhor desde 2011 (4%). Em valores nominais, a economia brasileira movimentou R$ 11,7 trilhões no período.
O setor de serviços foi o principal responsável pelo crescimento, com alta de 3,7%, seguido pela indústria, que avançou 3,3%. Já a agropecuária teve um desempenho negativo, com retração de 3,2%. O consumo das famílias também teve um papel importante na expansão do PIB, crescendo 4,8% em relação ao ano anterior.
Apesar do desempenho positivo, a expansão ficou abaixo das projeções do mercado, que esperava um crescimento de 4,1%. No último trimestre do ano, o PIB registrou alta de apenas 0,2%, refletindo uma desaceleração na atividade econômica entre outubro e dezembro. Especialistas apontam que a redução no ritmo pode estar ligada a fatores externos e ao impacto dos juros ainda elevados.
“Para o consumo das famílias tivemos uma conjunção positiva, como os programas de transferência de renda do governo, a continuação da melhoria do mercado de trabalho e os juros que foram, em média, mais baixos que em 2023”, afirmou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. Além disso, os investimentos no país cresceram 7,3%, impulsionados por projetos na infraestrutura e no setor industrial.
A agropecuária, que começou o ano com avanço de 5,8%, enfrentou dificuldades nos meses seguintes, acumulando quedas sucessivas. O desempenho do setor foi impactado por fatores climáticos e redução na demanda internacional, o que contribuiu para o crescimento abaixo das projeções do mercado.