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Inegável bom resultado do PIB”, analisa Miriam Leitão em sua coluna no Globo

Miriam Leitão destaca, a decisão do governo de zerar tarifas de importação de alguns alimentos deve ter impacto limitado na inflação, com a safra recorde de grãos sendo mais determinante para os preços. Enquanto isso, medidas como a proposta do

Inegável bom resultado do PIB”, analisa Miriam Leitão em sua coluna no Globo

Miriam Leitão fez uma análise dos dois primeiros anos do governo Lula, destacando que, neste período, ele conquistou  um saldo econômico favorável.

Em sua coluna no Globo, a jornalista Miriam Leitão fez uma análise dos dois primeiros anos do governo Lula, destacando que, neste período, ele conquistou  um saldo econômico favorável. O PIB cresceu 3% em 2024, superando projeções iniciais e acumulando alta de quase 7% no período. O crescimento foi impulsionado pelo consumo das famílias (+4,8%) e investimentos (+7,3%), apesar da queda de 3,2% na agropecuária. No entanto, o último trimestre de 2024 mostrou desaceleração, com alta de apenas 0,2% no PIB e retração de 1% no consumo das famílias.

A incerteza fiscal, alimentada por ruídos dentro do próprio governo, pressionou o câmbio, elevou a inflação e levou o Banco Central a intensificar a alta dos juros. Para 2025, espera-se um crescimento menor, entre 1,5% e 2%, com a agropecuária ajudando a equilibrar o cenário.

Miriam Leitão destaca, a decisão do governo de zerar tarifas de importação de alguns alimentos deve ter impacto limitado na inflação, com a safra recorde de grãos sendo mais determinante para os preços. Enquanto isso, medidas como a proposta do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de usar recursos públicos para subsidiar a conta de luz geram preocupação fiscal.

O presidente Lula também sinalizou ações mais drásticas para conter a alta dos alimentos, gerando receio de intervenção estatal. Em meio a essas turbulências, o ministro Fernando Haddad, que entregou crescimento robusto, redução do desemprego e reformas estruturais, tem se mantido distante dessas polêmicas. Na análise da jornalista, “o governo está criando uma armadilha. Está isolando o ministro que entregou quase 7% de crescimento em dois anos, numa política econômica que levou a taxa de desemprego ao seu nível mais baixo, aumentou a renda e ainda aprovou o arcabouço fiscal e a Reforma Tributária”.