Os ataques à democracia e ao Poder Judiciário feitos por Jair Bolsonaro e seus apoiadores, durante as manifestações do dia 7 de setembro, resultaram em uma queda acentuada do Ibovespa e em uma forte pressão sobre o dólar. No final da manhã desta quarta (8), o Ibovespa operava a 114.663 pontos, uma retração de 2,72%. Já a moeda estadunidense registrava alta de 1,83%, sendo cotada a R$ 5,271 na compra e a R$ 5,272 na venda. O dólar futuro, com vencimento em outubro, registrava apresentava alta de 2,02%, a R$ 5,292.
“O mercado está em um cenário de cautela e deve ficar encaixotado entre 115 mil e 120 mil pontos até que os poderes se entendam, o que não é o cenário que eu estou vendo. Os próximos dias serão fundamentais para saber se haverá uma ruptura de vez ou um acordo com uma agenda pró-Brasil”, disse Lucas Fiorelli, sócio da HCI Invest, ao Infomoney.
A jornalista Miriam Leitão, de O Globo, observa que a retórica golpista de Bolsonaro “agrava a crise econômica, dando sinais ruins para a economia”. Segundo ela, Bolsonaro “criou impasses e algo que o mercado financeiro não gosta é de impasse e da incerteza, de não poder fazer investimentos e orientar os investidores. “Neste momento, o horizonte encurtou. Há pouca clareza para a formulação de cenários. Isso paralisa as intenções de investimento”, acrescenta.