O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, reconheceu num vídeo com o representante do Conselho Regional de Medicina de Goiás que liberou o uso da cloroquina mesmo “sem evidência científica”, e “fora das normas” do órgão (veja ao final).
“Existem estudos observacionais para a hidroxicloroquina, mas não existe nenhuma evidência científica que comprove alguma eficácia da hidroxicloroquina” disse o presidente do CFM na conversa. Ele ainda completou: “Mas nós, numa decisão fora das nossas normas, acabamos liberando o uso da hidroxicloroquina. Fizemos uma análise grande do que existe na literatura e não tem nenhum trabalho que sustente a hidroxicloroquina como recomendável para o tratamento da Covid. No entanto, o Conselho Federal de Medicina liberou o uso”.
Na mesma conversa, atacou a ex-presidente Dilma Rousseff por abrir escolas de Medicina e disse que o órgão atua em parceria com Jair Bolsonaro. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ficou indignado com a divulgação do vídeo pelo site Metrópoles, uma conversa ocorrida em maio de 2020, e defendeu que Ribeiro seja julgado por um tribunal internacional. O CFM é alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF).
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Se eu entendi bem, o presidente do CFM afirmou que, como Bolsonaro atendeu reivindicações corporativas da categoria, ele liberou o governo para promover desinformação que causou a morte de milhares de brasileiros. Isso é caso para tribunal internacional. pic.twitter.com/Bx4xFewjmU
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) October 8, 2021