O presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz, fez cobranças duras ao procurador-geral da República, Augusto Aras, em reunião na PGR nesta quarta-feira (27/10). No encontro com Aras, nove senadores entregaram o relatório final da comissão, aprovado no dia anterior.
Segundo relatos de participantes, Aziz questionou a Aras se ele engavetará o relatório da CPI. O senador lembrou que essa versão foi sustentada publicamente pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, que foi investigado pela CPI.
Aras, então, respondeu que podem falar o que quiser, mas ele cumprirá sua obrigação. Perguntado se mantém contato com integrantes do governo Bolsonaro, alvos do relatório final, Aras também negou: alegou que conhece, mas não tem contato.
A partir desta quarta-feira (27/10), Aras tem até 30 dias para informar ao Senado que providências tomará, com justificativas. O relatório final da CPI pediu o indiciamento de Jair Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro. Os três têm foro privilegiado e, portanto, só serão investigados com o aval da PGR.