O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado da ministra da Saúde, Nísia Trindade, relançam o programa Mais Médicos nesta segunda-feira (20), em cerimônia marcada para o Palácio do Planalto. Rebatizado de Mais Saúde para o Brasil, vai dar prioridade para médicos brasileiros e incluirá outros profissionais de saúde como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais.
O programa também pretende trabalhar para melhorar o SUS com investimentos para construção e reformas de Unidades Básicas.
O Mais Médicos, criado na gestão de Dilma Rousseff em 2013, encheu o país de médicos com contratações de profissionais estrangeiros.
A grande maioria vinha de Cuba, país com reconhecimento internacional na saúde pública. Chegou a ser responsável por 100% da atenção primária em 1.039 municípios. Contratou mais de 18 mil profissionais e beneficiou 63 milhões de brasileiros.
Em 2019, porém, logo nos primeiros meses de governo, o ex-presidente Jair Bolsonaro sabotou o Mais Médicos ao condicionar a continuidade à uma série de exigências que inviabilizaram a manutenção de acordo com o governo cubano. Dentre elas, aplicação de testes de capacidade para os profissionais daquele país, pagamento integral dos salários e a vinda das famílias para o Brasil. Havana retirou-se do acordo.
“O desmonte do programa, nos últimos anos, mostra o descaso que sofreu o SUS”, afirmou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, em postagem na manhã deste sábado (18).
O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), ministro da Saúde do Governo Dilma, também foi às redes sociais comemorar a volta.
“O presidente Lula e a ministra da Saúde Nísia lançam o novo Mais Médicos no Palácio do Planalto. Tenho muito orgulho, há dez anos, de ter implantado o Mais Médicos no Brasil. Foi a primeira vez que todos os distritos de saúde indígena, todos os municípios brasileiros, tiveram médicos perto de onde as pessoas vivem. Tivemos a redução da mortalidade infantil, a redução de internações. Hoje muita coisa mudou, por isso o Brasil precisa de um novo Mais Médicos”, disse.