Em cerimônia no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (14) para o lançamento do Novo Mais Médicos, que deve ampliar em 15 mil o número de profissionais atuando na atenção básica do SUS, Lula disse que o programa, que foi atacado e encerrado no mandato Jair Bolsonaro (PL), vai se transformar no padrão de saúde do país.
“O Novo Mais Médicos veio para ficar e se transformar no padrão de saúde”, disse o presidente.
Em seguida, Lula ironizou as especulações sobre a reforma ministerial em seu governo e enfatizou que a ministra da Saúde, Nísia Trindade – cujo cargo é alvo de cobiça de partidos do Centrão – não deixará o posto.
Lula contou que a indicação de Nísia foi feita pelo ex-titular da pasta e atual ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e que a ministra faz parte da sua cota pessoal no governo.
“Foi o Padilha, que sonhava em voltar a ser ministro da Saúde, quem trouxe a Nísia para conversar comigo. Eu estou dizendo isso porque estamos em um período de entressafra. O Congresso está em férias e todo dia eu leio nos jornais a troca de ministros. Eu já troquei todo mundo, só falta eu mesmo me trocar, só falta eu anunciar minha saída e colocar alguém no meu lugar”, brincou Lula, arrancando risos da plateia que acompanhava o ato.
“Deixa eu falar uma coisa para vocês: eu vou viajar agora e já disse para a Nísia publicamente. Tem ministro que não são trocáveis. Tem pessoas que têm funções de escolha pessoal do presidente da República. A Nísia não é ministra do Brasil. Ela é minha ministra”, disse Lula, ovacionado. “Ela tem uma função a cumprir e sabe que a única perspectiva que tem de sair é não cumprir a função correta dela”, afirmou.
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