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Élcio Queiroz diz que Ronnie Lessa matou Marielle e confirma participação no assassinato

Segundo Dino, o depoimento conclui esta fase da investigação “com a confirmação de tudo o que aconteceu na execução do crime”. “Então, certos aspectos, certos detalhes, sobre os quais pairavam duvidas, a partir da delação do senhor Élcio, essas duvidas

Élcio Queiroz diz que Ronnie Lessa matou Marielle e confirma participação no assassinato

Élcio confessou que dirigiu o Cobalt prata usado no ataque e afirmou que Ronnie Lessa de fato fez os disparos com uma submetralhadora contra Marielle.

O ex-policial militar Élcio de Queiroz admitiu, em delação premiada à Polícia Federal (PF), que participou do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.

No depoimento, Élcio confessou que dirigiu o Cobalt prata usado no ataque e afirmou que Ronnie Lessa de fato fez os disparos com uma submetralhadora contra Marielle. Ele ainda disse que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, fez campanas para vigiar a vereadora e participaria da emboscada, no entanto, acabou trocado por ele.

A informação foi divulgada nesta segunda-feira (24), pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, ao lado do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Mais cedo, a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagraram a Operação Élpis, para investigar o crime.

Preso pela PF nesta segunda, Suel já tinha sido condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações, e cumpria a pena em regime aberto. No entanto, segundo as apurações, ele também participou do planejamento dos assassinatos.

“Tivemos uma delação, uma colaboração premiada, do senhor Élcio Queiroz – como todos os senhores sabem, há alguns anos essa investigação gira em torno desses dois personagens: Ronnie e Élcio. Nessa delação, o senhor Élcio revelou a participação de um terceiro indivíduo, que é o Maxwell, e confirmou a participação dele mesmo e do Ronnie Lessa”, afirmou Dino, em coletiva de imprensa.

Segundo Dino, o depoimento conclui esta fase da investigação “com a confirmação de tudo o que aconteceu na execução do crime”. “Então, certos aspectos, certos detalhes, sobre os quais pairavam duvidas, a partir da delação do senhor Élcio, essas duvidas foram removidas”, disse o ministro.

Élcio Vieira de Queiroz foi expulso da PM em 2015. Marielle foi executada no dia 14 de março de 2018, por volta das 21h30, dentro de seu carro, no Estácio, no Rio de Janeiro.

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