Subiu para 13 o número oficialmente confirmado de pessoas mortas na Baixada Santista durante a ação policial que se sucedeu ao assassinato de um soldado da Rota na última quinta-feira (27) no Guarujá (SP). Moradores denunciaram casos de tortura e ameaças por parte dos policiais.
O que aconteceu?
Governo diz que suspeitos morreram após “entrarem em confronto com as forças de segurança”. A atualização foi divulgada no começo da tarde de hoje. Mais cedo, a SSP havia informado 12 mortes.
Imagens das câmeras de segurança serão anexadas aos inquéritos, diz SSP, e ficarão disponíveis para “consulta irrestrita pelo Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da PM”.
A Secretaria da Segurança afirma que 32 pessoas já foram presas e 11 armas foram apreendidas na investigação sobre a morte do soldado da Rota.
“A Operação Escudo para repressão ao tráfico de drogas e ao crime organizado segue em curso na Baixada Santista. 32 suspeitos já foram presos e 20,3 quilos de drogas e 11 armas apreendidas. Treze suspeitos morreram ao entrarem em confronto com as forças de segurança desde o início da operação. Por determinação da SSP, todos os casos são investigados pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Santos e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar (IPM). As imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos em curso e estão disponíveis para consulta irrestrita pelo Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da PM”.
Nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo
A Ouvidoria da Polícia Militar de São Paulo apura a ocorrência de 19 mortes no total no Guarujá, ainda sem confirmação. Apesar da quantidade de mortes, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o seu secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, diss eram que não houve “excesso” da força policial na operação da PM.
O momento em que o carro com os suspeitos estaciona em uma rua próxima à viatura foi registrado por câmeras de segurança de um prédio da região.
O soldado Patrick Reis morreu durante patrulhamento na comunidade Vila Zilda na noite da quinta-feira (27).
Ele trabalhava com colegas do 1º Batalhão de Choque quando o grupo foi “atacado por criminosos armados que efetuaram disparos de arma de fogo”, segundo a SSP.
Além de Patrick, um cabo também foi atingido por um tiro e levado a uma UPA da região. Ele não corre risco de morte.
Uma operação para identificar os suspeitos do crime foi iniciada ainda na quinta-feira e equipes da Segurança Pública seguiram para o litoral na sexta-feira, na Operação Escudo.
O suspeito de atirar contra o policial foi preso no domingo. Antes de se entregar, ele usou as redes sociais para pedir que “parassem a matança”.
Moradores citam abuso policial
O UOL teve acesso a áudios em que moradores do Guarujá afirmam que agentes da Rota encapuzados invadiram casas nas comunidades.
Segundo os relatos, os policiais também teriam torturado um dos mortos, que estaria com marcas de queimaduras de cigarro no corpo.
Moradores acusam ainda os policiais de terem forjado flagrantes. Outro relato é de que uma das vítimas mortas seria uma pessoa com esquizofrenia.
Moradores citam abuso policial
O UOL teve acesso a áudios em que moradores do Guarujá afirmam que agentes da Rota encapuzados invadiram casas nas comunidades.
Segundo os relatos, os policiais também teriam torturado um dos mortos, que estaria com marcas de queimaduras de cigarro no corpo.
Moradores acusam ainda os policiais de terem forjado flagrantes. Outro relato é de que uma das vítimas mortas seria uma pessoa com esquizofrenia.