O prefeito de Lábrea, Gean Campos de Barros, foi condenado com a perda do mandato e a 15 anos e 9 meses de reclusão por exploração de 27 homens, uma mulher e 9 menores em condições análogas a de escravos na colheita de castanha-do-pará.
Os direitos políticos do prefeito foram suspensos enquanto durar os efeitos da condenação.
Segundo a 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Amazona, Gean Campos explorava as 37 pessoas no Castanhal Nova Glória, às margens do rio Tumiã, zona rural do município.
De acordo com a sentença, entre as vítimas exploradas pelo prefeito existiam, à época, adolescentes e crianças com idade inferior a 11 anos completos submetidos ao transporte de sacos cheios de castanhas.
Além da pena de 15 anos de reclusão, Gean Campos foi condenado a 11.655 dias-multa pelos crimes de redução a condição análoga à de escravidão, majorada por vitimar menores de idade, e frustração de direito assegurado por lei trabalhista.
O prefeito foi condenado, também, à reparação mínima dos danos ao pagamento de R$ 50.000,00 a cada trabalhador maior de idade e de R$100.000,00 para cada trabalhador menor de idade. Esse valores que devem ser atualizados pelo INPC desde março de 2014.