A Polícia Federal de Jair Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com a Folha de S. Paulo, a abertura de um inquérito para investigar supostos repasses ilegais a um dos ministros da própria Corte: Dias Toffoli.
Segundo a PF, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, em acordo de colaboração premiada, afirmou que o ministro teria recebido R$ 4 milhões para favorecer dois prefeitos fluminenses em processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Toffoli foi ministro do TSE de 2012 a 2016, tendo presidido o tribunal entre 2014 e 2016.
Nunca antes a PF havia pedido ao Supremo uma investigação envolvendo um ministro da própria Corte.
O pedido foi enviado ao relator, ministro Edson Fachin, que pediu manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Toffoli, por meio de sua assessoria, disse não ter conhecimento dos fatos relatados e afirmou jamais ter recebido valores ilegais. Ele ainda refutou a hipótese de ter atuado para favorecer qualquer pessoa no exercício de suas funções.