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Bolsonaro alega censura nas redes, mas bloqueia 176 perfis, diz Folha de S. Paulo

Maria Laura Canineu, diretora da ONG no Brasil, disse ver os bloqueios feitos pelo presidente como forma de excluir os críticos do debate público e vedá-los prestação de contas que um líder eleito deve à população.

Bolsonaro alega censura nas redes, mas bloqueia 176 perfis, diz Folha de S. Paulo

A HRW indica que as contas bloqueadas foram justamente as que criticaram ou divulgaram notícias sensíveis ao governo Bolsonaro.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atenta contra o acesso à informação e a liberdade de expressão ao bloquear perfis de jornalistas, veículos, políticos e críticos nas redes sociais, afirma um relatório publicado hoje (19) pela ONG Human Rights Watch. A organização identificou ao menos 176 contas bloqueadas pelo presidente, incluindo perfis do UOL no Instagram.

O chefe do Executivo usa as redes para fazer anúncios oficiais, interagir com autoridades e criticar a imprensa ou decisões contrárias aos seus interesses. A HRW indica que as contas bloqueadas foram justamente as que criticaram ou divulgaram notícias sensíveis ao governo Bolsonaro.

Em paralelo aos bloqueios a perfis críticos, Bolsonaro já reclamou de uma suposta “censura” nas redes a pautas defendidas pela direita. Na semana passada, o presidente disse que pretende enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei sobre o assunto. Até a noite de ontem, Bolsonaro tinha 6,9 milhões de seguidores no Twitter, 14,2 milhões no Facebook, 18,6 milhões no Instagram e 3,49 milhões no YouTube.

Maria Laura Canineu, diretora da ONG no Brasil, disse ver os bloqueios feitos pelo presidente como forma de excluir os críticos do debate público e vedá-los prestação de contas que um líder eleito deve à população.

Leia matéria completa na  Folha (uol.com.br)