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PF abre inquérito contra Bolsonaro por associar vacina da Covid à aids

Presidente será investigado pelos crimes de epidemia, infração de medida sanitária preventiva e incitação ao crime

PF abre inquérito contra Bolsonaro por associar vacina da Covid à aids

Na live, Bolsonaro alegou que “relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados estão desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto.”

A Polícia Federal (PF) abriu um novo inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, a corporação investiga se o chefe do Executivo federal cometeu os crimes de epidemia, de infração de medida sanitária preventiva e de incitação ao crime.

Em outubro do ano passado, Bolsonaro relacionou, em sua tradicional live de quinta-feira, a vacina contra a Covid-19 ao desenvolvimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids).

“A tipificação penal inicialmente aventada pela Polícia Federal, com fulcro no Requerimento nº 01586/2021, é da prática, em tese, por parte do Chefe do Executivo Federal, Jair Messias Bolsonaro, dos crimes de epidemia, de infração de medida sanitária preventiva e de incitação ao crime, previstos nos artigos art. 267, 268 e 286 do Código Penal”, diz a portaria da PF, obtida pelo Metrópoles.

A investigação da Polícia Federal será conduzida pela delegada Lorena Lima Nascimento.

O inquérito foi instaurado a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que analisou pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que integrou a extinta Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.

Na live, Bolsonaro alegou que “relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados estão desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto.”

Na mesma transmissão, o presidente da República afirmou, ao citar suposto estudo atribuído ao médico infectologista Anthony Fauci, chefe do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid) dos Estados Unidos, que “a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu de gripe de espanhola […], mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara”.