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Oito anos depois do golpe, Dilma retorna ao Palácio da Alvorada

Em abril de 2016, o relatório favorável à derrubada ilegal da presidenta foi aprovado pela Câmara dos Deputados, com 367 votos a favor e 137 contra.

Oito anos depois do golpe, Dilma retorna ao Palácio da Alvorada

"Sempre bem-vinda", postou o presidente Lula em suas redes sociais. A postagem acompanha uma foto dos dois caminhando sorridentes do lado de fora do Palácio. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta sexta-feira (26), Dilma Rousseff, ex-presidenta da República e atual presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do BRICS, no Palácio da Alvorada. Este é o primeiro retorno dela à residência oficial da presidência em Brasília (DF) desde 2016, ano em que a petista sofreu um golpe de Estado.

“Sempre bem-vinda”, postou o presidente Lula em suas redes sociais. A postagem acompanha uma foto dos dois caminhando sorridentes do lado de fora do Palácio.

Foi no governo Dilma que o Brasil saiu oficialmente do mapa da fome das Nações Unidas. Ela também concedeu direitos trabalhistas às empregadas domésticas. Revoltadas, as elites do atraso começaram a articular a derrubada inconstitucional de Dilma.

Em abril de 2016, o relatório favorável à derrubada ilegal da presidenta foi aprovado pela Câmara dos Deputados, com 367 votos a favor e 137 contra. O processo seguiu para o Senado, onde também foi aprovado, levando à remoção da presidenta. O então vice-presidente, Michel Temer, assumiu o cargo e passou a implementar uma agenda neoliberal. Em 31 de agosto de 2016, o Senado finalizou o processo, cassando o mandato de Dilma com 61 votos a 20.

No entanto, o Ministério Público Federal arquivou o caso em fevereiro 2022, citando falta de provas. Ainda em 2016, a presidenta foi inocentada por uma perícia do Senado. O laudo técnico mostrou que, “pela análise dos dados, dos documentos e das informações relativos ao Plano Safra, não foi identificado ato comissivo da Exma. Sra. Presidente da República que tenha contribuído direta ou imediatamente para que ocorressem os atrasos nos pagamentos”, referente ao caso das supostas “pedaladas fiscais”.