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Congresso peruano marca sessão para afastar presidente Pedro Castillo

O pedido propõe a vacância do cargo de presidente devido às "contradições e mentiras" de Castillo nas investigações fiscais, em relação às reuniões realizadas na casa de Sarratea

Congresso peruano marca sessão para afastar presidente Pedro Castillo

Castillo denuncia uma tentativa de golpe por parte dos meios de imprensa monopolistas.

O Congresso peruano admitiu a moção de vacância (impeachment) contra o presidente Pedro Castillo e a votação foi marcada para o dia 28 deste mês.

Votaram a favor 76 congressistas, contra, 41, e houve 1 abstenção. Os parlamentares de oposição lideraram a votação.

O pedido propõe a vacância do cargo de presidente devido às “contradições e mentiras” de Castillo nas investigações fiscais, em relação às reuniões realizadas na casa de Sarratea, localizada na cidade de Breña, às “nomeações questionáveis” de ministros e à existência de “um gabinete paralelo ou na sombra”.

Outra justificativa apresentada é o fato de que “empresários questionáveis” se reuniram com Castillo e “sua intenção de convocar uma consulta popular para dar à Bolívia acesso ao mar”. Da mesma forma, a moção também se deve à “nomeação ilegal” de Daniel Salaverry como presidente da petrolífera estatal Perupetro.

Em janeiro, o procurador-geral do Peru, Daniel Soria, abriu investigação preliminar e anunciou inquérito sobre Castillo devido a reuniões que o presidente realizou com representantes de empresas que competem por concessões para construir uma ponte na região amazônica.

Castillo denuncia uma tentativa de golpe por parte dos meios de imprensa monopolistas.

Líder do partido governista Peru Livre, Vladimir Cerrón, diz que “a mídia prepara o terreno para acusar o presidente de liderar uma organização criminosa”.

Cinco ex-presidentes do Peru foram formalmente investigados por corrupção nos últimos anos. Castillo tomou posse no fim de julho do ano passado.